Reportagens publicadas pela FOLHA no final de dezembro e no início de janeiro retrataram o drama de uma mãe, moradora de Rolândia, que decidiu - como último recurso - acorrentar o filho, um jovem de 19 anos viciado em drogas. Ela disse que amava muito o filho e não queria vê-lo morto, assassinado ou por overdose.
As reportagens - como tudo que é publicado na FOLHA - repercutiram por todo o País e até pelo mundo afora, através de agências internacionais de notícias, internet, etc. Todos os meios de comunicação também relataram o caso, espalhando a notícia: ‘‘Mãe acorrenta o filho para salvá-lo das drogas’’.
Muito se falou que a mãe chegou a este extremo porque não conseguia uma instituição para tratamento do filho. Mas na verdade, em Rolândia mesmo, foram oferecidas várias alternativas para a família, mas o jovem sempre se negava a ir para o internamento. Foi o que disse o monsenhor José Agius, pároco de Rolândia, no Informe FOLHA (pág. 3, 20/12/07), logo depois da notícia de que o jovem estava acorrentado. É lógico que, tomado pela droga, ele não queria saber de mais nada. Não tinha perspectiva de vida e só via uma saída: consumir mais e mais drogas.
Diante da ação inesperada da mãe, que decidiu acorrentá-lo, o jovem aceitou ser internado em uma chácara que pertence a uma entidade que cuida de dependentes químicos. Mas não ficou muito tempo e acabou deixando o tratamento e voltando para as drogas e para o crime, conforme revelou a FOLHA na edição do dia 29/12 (Folha Cidades).
O importante nesta história toda é a lição de que não adianta deixar as ações para a última hora. Depois que a casa foi arrombada, não resolve nada comprar uma tranca. É preciso estar sempre vigilante. O que vale na educação dos filhos não são somente as palavras, os sermões, as broncas, as cobranças, mas as ações, o amor. É preciso ensinar nossas crianças e jovens a amar a vida, conforme demonstrou a FOLHA na reportagem ‘‘O Milagre da Vida’’, do repórter Wilham Santin (dia 23/12, caderno Especial) e no artigo do diretor de Redação Oswaldo Petrin (dia 26/12, neste mesmo espaço).
Somente com o trabalho sério de ONGs, igrejas, imprensa, família e escola que nós vamos mudar este País, que nós vamos salvar nossas crianças e adolescentes do caminho das drogas e da criminalidade. Para finalizar, como pai, faço um apelo: pais, atuem com mais energia, mais autoridade e disciplina, amem seus filhos, demonstrem este amor com palavras e gestos, dêem bons exemplos e, principalmente, fiquem vigilantes, saibam o que eles estão fazendo, aonde vão e com quem vão, para que mais tarde não precisem usar a corrente.
(texto publicado na Folha de Londrina em 02/2008)
sábado, 15 de maio de 2010
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